No decorrer do meu tempo escolar o que davam importância eram
as notas. Tudo era memorizado. Só o professor tinha voz. O trauma da memorização me
acompanhava, tinha ódio da geografia, ciências e história, porque naquela época
eram consideradas matérias decorativas. Às vezes me perguntava para que estudar
isso? Se eu não conseguia entender a minha realidade, como iria entender a
História do Brasil.
A pedagogia dos professores eram sempre as mesmas.
No entanto, no decorrer dos anos teve uma professora que mais gostei no primário,
pois era carinhosa atenciosa e dava liberdade aos alunos a falarem o que
pensavam.
Lembro de nunca ter tido um elogio feito pela professora,
nunca contava histórias, não cantava, não brincava. A biblioteca já existia, toda
muito montada, mas ninguém tinha acesso. O que
tinha importância mesmo era a cartilha.
Durante o primário tive uma estagiária que fez um
trabalho em sala de aula que não esqueço, contou uma história através de
imagens que foi o máximo.
Como toda criança daquela época, já pensava em ser
professora, achava interessante, me espelhava nos meus professores e na minha
mãe que também é professora.
E no final do ensino médio comecei a
estudar as matérias metodológicas que iria me levar a uma realidade dos sonhos
que obtive no primário: ”ser professora”, porque até então não tínhamos outra
opção em nossa região, todos formavam para ser professor. Aqueles que tinham
melhores condições econômicas iam estudar em outras cidades. Também não tinha
muitas opções de trabalho, então não tinha muito escolha, o jeito era
ser professor e com o tempo aprendi a gostar da profissão. E como a educação
está em constante mudança, depois de muitos anos de trabalho, decidi fazer o Enem,
pois precisava fazer uma graduação para exercer melhor a profissão.
Atualmente cursando o 4° período de PEDAGOGIA
UAB/UFMG, no pólo de Araçuaí, MG.
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